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Nota Pública da Federação Brasileira de Naturismo sobre o fim da Praia Naturista do Pinho

A Federação Brasileira de Naturismo (FBrN) manifesta profunda preocupação e pesar diante do encerramento da prática do naturismo na Praia do Pinho, em Balneário Camboriú, Santa Catarina, em decorrência da aprovação da PL 10/2022 e das alterações introduzidas pelo novo Plano Diretor do município.

 

A Praia do Pinho não é apenas um espaço geográfico. Trata-se de um marco histórico do naturismo brasileiro, reconhecido nacional e internacionalmente, que por décadas representou um ambiente de convivência respeitosa, liberdade responsável e contato consciente com a natureza.

 

É fundamental esclarecer à sociedade alguns pontos que têm sido, reiteradamente, confundidos ou utilizados de forma inadequada no debate público.

 

Naturismo não é nudismo desordenado

 

O naturismo é uma prática regulamentada, baseada em valores claros: respeito mútuo, convivência social, ética, preservação ambiental e responsabilidade individual. Não se confunde, em hipótese alguma, com comportamentos inadequados, atos obscenos ou crimes sexuais.

 

Crimes são crimes — independentemente de onde ocorram — e devem ser combatidos com fiscalização, investigação e punição, não com a extinção de uma prática legítima e reconhecida mundialmente.

 

Criminalidade e omissão do poder público

 

Os próprios debates realizados na Câmara Municipal evidenciaram que práticas criminosas, inclusive de natureza sexual e relacionadas ao uso de drogas, ocorrem em diversos espaços públicos de Balneário Camboriú, e não exclusivamente na Praia do Pinho.

 

Diante disso, questionamos:

 

Por que a resposta escolhida foi abolir o naturismo, em vez de fortalecer a segurança, a fiscalização e a aplicação da lei?

 

Punir corretamente uma minoria que age fora das normas sempre foi, e continua sendo, mais eficaz do que eliminar um direito coletivo por falhas de gestão e ausência do Estado.

 

Ausência de associação local e responsabilidade compartilhada

 

Reconhecemos que a ausência de uma associação naturista local, forte e atuante, contribuiu para o enfraquecimento da defesa do espaço. Uma sociedade organizada é sempre mais respeitada — porém, também sabemos que nem sempre é fácil encontrar pessoas dispostas a assumir responsabilidades, enfrentar críticas e “colocar a cara a tapa”.

 

Ainda assim, a falta de organização civil não justifica a supressão de um direito cultural e social, especialmente quando existem instrumentos legais e administrativos para coibir abusos.

 

Interesses imobiliários e falso moralismo

 

A possível venda do Complexo do Pinho e a crescente especulação imobiliária na região levantam preocupações legítimas. O discurso moralista, em muitos casos, esconde interesses econômicos claros.

 

Em diversos momentos na Câmara Municipal foi dito sobre atos sexuais praticados em diversos locais, inclusive centrais de Balneário Camboriú e que não são áreas naturistas.

 

É importante lembrar que grande parte das pessoas que hoje pedem o fim do naturismo escolheu morar na região quando a praia já era oficialmente naturista, ou seja, tinham pleno conhecimento da vocação do local. Optar por mudar a lei, em vez de respeitar o ambiente escolhido, revela um comportamento egoísta e excludente.

 

Democracia, diversidade e respeito

 

Santa Catarina possui centenas de praias. Quantas se tornaram áreas restritas por empreendimentos imobiliários e não por ser área naturista? É realmente tão difícil garantir um pequeno espaço para quem escolhe viver e se expressar de forma diferente?

 

A democracia se constrói com diversidade, não com imposição de um único modo de pensar ou viver. Defender o fim de um espaço isolado, de acesso voluntário, não é proteção da moral — é negação da liberdade alheia.

 

Conclusão

 

A Federação Brasileira de Naturismo entende que o fim da Praia do Pinho como área naturista representa uma perda histórica, cultural e social, fruto de omissões, desinformação, interesses paralelos e intolerância.

 

Seguiremos defendendo o naturismo como prática legítima, ética e respeitosa, bem como o direito à diversidade, ao diálogo e à convivência democrática.

 

O combate ao crime se faz com lei, presença do Estado e punição aos culpados, não com a eliminação de direitos de quem sempre agiu corretamente.

 

Paula Silveira

Presidente da FBrN - Federação Brasileira de Naturismo

 

(enviado em 18/12/25 por FBrN)

Carta aberta à COP-30

A AGAL (Associação dos Amigos da Praia da Galheta), em Florianópolis, divulgou carta aberta direcionada ao participantes da 30ª edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a maior reunião global sobre o tema, que foi realizada em Belém, Pará, entre 10 e 21 de novembro de 2025. O evento reuniu líderes mundiais, cientistas e sociedade civil para discutir e buscar soluções para o combate ao aquecimento global, a preservação de florestas, o uso de energias renováveis e a proteção da biodiversidade. A AGAL, com esta carta, pretendeu chamar atenção da sociedade para os problemas de descaso e preconceito que estão sendo imputados na praia da Galheta, em Santa Catarina.

Por João Batista Freire/AGAL

(enviado em 10/10/25 por AGAL)

Quando o dinheiro atrapalha o significado… O naturismo se torna menos sobre “liberdade” e mais sobre “fantasia”.

"Nós vimos isso acontecer novamente." diz o casal canadense Kevin e Corin em seu blog sobre Naturismo, onde contam histórias de suas experiências no naturismo canadense e estado unidense e também fazem crônicas e dão opiniões sobre assuntos que afetam nosso estilo de vida, como é o caso do texto apresentado a seguir, que mostra que um número considerável de pessoas têm usado o Naturismo como trampolim para realização de fetiches sexuais de terceiros, vendendo suas imagens na Internet.

Matéria do blog OUR NATURIST LIFE,

publicada originalmente em 9/08/2025 

(enviado em 31/08/25)

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