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Edição nº 301 - Dezembro de 2025 - ano XXVI

Minha Vida Naturista
Naturista amazonense, membro do Grupo Amazônico União naturista, e membro do Conselho Maior da Federação Brasileira de Naturismo para a região Norte, apresenta uma crônica inspirada sobre como se sente no Naturismo.
por Airam Barros

Quando eu falo sobre o meu naturismo, as pessoas acham que eu fico nua o tempo todo.
Mas o naturismo que eu vivo é o do equilíbrio.
É o do corpo e da alma em sintonia.
É o do respeito.
É o do tempo certo das coisas, do lugar certo e do significado certo de estar vestida ou não.
Eu gosto de me vestir.
Eu gosto de me sentir bonita, de cuidar da aparência, de escolher o que combina com o meu dia, com o clima, com o meu humor.
Mas eu também gosto de sentir a liberdade da pele.
Gosto do toque do vento, do Sol, da água.
Gosto de sentir a natureza diretamente no corpo.
E é bom. Eu gosto da forma como eu entendo o meu naturismo.
Minha pele é a minha principal vestimenta.
Então, eu estou vestida.
Nua, eu estou vestida.
Ser naturista, para mim, é compreender o equilíbrio.
É saber que posso estar nua sem ser vulgar, e vestida sem estar presa.
É entender que o corpo não é um inimigo da alma, e sim o seu templo.
É perceber que o respeito começa no olhar, o meu e o do outro.
E que o naturismo é, antes de tudo, uma forma de consciência.
Eu não preciso da vestimenta para tomar um banho de rio ou caminhar sob o sol.
É nesses momentos simples que o naturismo me conecta à essência da vida.
Em outros lugares, sei que a roupa também tem seu papel de proteção e cuidado.
O importante é saber quando cada coisa faz sentido.
Meu corpo não é vergonha.
Nenhuma parte dele é.
E eu aprendi a me olhar com amor, a me aceitar, a me acolher no espelho.
A liberdade que, às vezes, a roupa faz a gente esquecer, o naturismo me devolveu em forma de serenidade.
Vivo o meu naturismo no meu espaço, na minha vida cotidiana, nas minhas escolhas e na minha forma de me relacionar com o mundo.
Não é uma fuga, é um retorno.
Não é sobre estar sem roupa, é sobre estar inteira.
Essa é a minha vivência. Eu sei o que é o naturismo. Eu vivencio o naturismo. E convido meus amigos e familiares a conhecerem essa experiência, que, claro, não dá para viver o tempo todo, mas que transforma quando acontece.
Será um prazer receber, acolher e apresentar essa vivência ao natural.
Sou Airam Barros, professora e naturista.
(enviado em 15/10/25)
Dormir nu é virtuoso. Nudez em família.
Aparentemente vai sendo comum dormir-se pelado no Brasil, o que é saudável e educador em prol da nudez natural. Quem dorme despido não carece, necessariamente, de vestir-se, ao levantar-se, para deambular pela casa, o que facilita a nudez doméstica e a normalização da nudez como liberdade e naturalidade, sem conotação negativa nem sexual. Dormir nu e manter-se assim representará, para muitos, o primeiro passo da nudez natural.
Por Arthur Virmond de Lacerda Neto
(enviado em 21/08/25)


