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Audiência pública sobre a permanência do Naturismo na praia da Galheta: a dúvida continua

Dezenas de pessoas compareceram à audiência pública na Assembleia Legislativa do estado de Santa Catarina (ALESC), no dia 20 de março, para debater projeto de lei que, inicialmente, pretende proibir a prática do naturismo nas praias do estado. Mas o debate se restringiu à praia da Galheta.

por Pedro Ribeiro

Durante mais de duas horas, para uma plateia atenta, representantes da sociedade civil, as forças de segurança, da justiça e de parlamentares apresentaram suas opiniões e visões sobre os problemas da Praia da Galheta que, segundo o autor do projeto, justificariam a proibição do Naturismo. O evento foi transmitido ao vivo pela TV ALESC.

Miriam Alles, representante da AGAL (Associação dos Amigos da Galheta) foi a representante oficial do naturismo que fez parte da “mesa” inicial de debatedores. Além dela, Drica Parreira, representando a FBrN (Federação Brasileira de Naturismo) fizeram intervenções no debate.

 

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A vice-prefeita de Florianópolis é totalmente contrária à permanência da prática do naturismo na praia da Galheta e por todo o tempo insinua que a causa do aumento da criminalidade no local deve-se aos naturistas. Ela afirma que a prática está proibida, muito embora não haja qualquer lei que tenha revogada a permissão do uso para o naturismo, pois, somente uma lei pode revogar uma lei pré-existente. Desde que tomou posse do cargo desenvolveu ações midiáticas para “caçar” nudistas na praia com auxilio da Polícia Militar e da Guarda Municipal.

Outras autoridades foram pela mesma direção da vice-prefeita atacando o Naturismo como causa das mazelas da praia da Galheta. No entanto, em sua fala, Miriam Alles, ex-

presidente da AGAL contou e provou que por mais de 25 anos os naturistas têm denunciado esses problemas ao poder público, que os ignorou sempre com a mesma alegação de que não tinha recursos para combater os crimes. No entanto de hora para outra esses recursos apareceram, mostrando que faltava vontade política e sobra preconceito.

O deputado estadual Marquito ressaltou que, na audiência pública realizada em setembro de 2024 na Câmara de Vereadores de Florianópolis, o Promotor do Ministério Público do estado de Santa Catarina afirmou que não houve proibição da prática do naturismo na praia da Galheta, pois não há citação sobre isso em qualquer documento que rege as normas da praia, desdizendo o que afirmou anteriormente a vice-prefeita.

De maneira geral foi minoria a quantidade de depoentes que caiu na falácia de responsabilizar o naturismo pelas cenas de sexo, roubos, agressões, lixo, devastação ambiental e assédio sexual. O que se percebe, no entanto, alguns não acusam o naturismo, mas não o querem mesmo

assim, alegando que, por causa do naturismo, suas famílias não podiam frequentar a praia.

Sugestão de mudar o Naturismo de lugar também foi apresentada, ou seja, retira da praia da Galheta e transfere para outra praia, numa ilha. Em outras palavras, exilando os naturistas. Puro preconceito.

 

De positivo ficou o debate e a impressão de que maioria não quer o fim do Naturismo na praia da Galheta.

 

 

Assista a seguir, na íntegra, o debate no vídeo abaixo, transmitido pela TV ALESC e veja também a matéria preparada pela mesma emissora reportando a audiência pública em De Olho na Mídia.

Veja o discurso de Miriam Alles em 38' 30" e em

Veja o discurso do Deputado Estadual Marquinho em 44' 28"

Veja o discurso de Drica Parreira em 1h 27' 45"

Veja o discurso da Vereadora Carla Ayres em 1h 47' 14"

 

(enviado em 21/03/25)

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