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À espera do Tambaba Open

Antes de iniciar o 16º Tambaba Open de Surf Naturista foram colhidas algumas impressões e expectativas de ex-competidores sobre o evento. Algumas foram bem críticas.

Por Richard Pedicini

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Terça-feira já começa (dia 2 de setembro)” a preparativa para o Tambaba Open, disse Douglas Andrade, participante que já foi o poster do evento em cima de uma onda com os dreads loiros voando. “Mas antigamente, três meses antes já tinha aquela ‘zoada’”.

Em comparação com o ano passado ele vê pouca divulgação. “É mais fraco que no ano passado.” Descendo para a praia na sexta-feira antes do último fim de semana antes do evento, não tinha faixa de divulgação, nem na estrada , nem na estrada de Tambaba. "No passado, a galera já treinava antes do evento,” continuou Douglas. Ele deu notícias da turma tradicional. Guinho, que participou do evento desde quando a camisa colorida chegava até os joelhos, quebrou o tornozelo numa queda de moto. Se recuperou, mas só participou de um, dois eventos este ano, e está treinando mais em Coqueirinho. Rato, outra figura emblemática do evento, também está treinando mais em Coqueirinho.

Ainda depois do morte de Bilú, Douglas afirma que a Arca do Bilú “continua sendo um ponto de referência.” A Arca está agora com a timoneira nas mãos de Dan, filho de Bilú. O próprio Dan afirma com confiança, “A Arca está navegando, e se encontramos uma tsunami, surfamos por cima.”

Um ex-competidor, encontrado no comércio do estacionamento, reclama de “um senso de descaso” com a praia. Reclamou da falta de conserto do chuveiro da praia, que realmente parece que não está funcionando faz anos.

Imagem de Douglas Pereira obtida por drone

Não colaboro com o campeonato faz dois anos. Depois que o

Bilú morreu falta direção. É como se nós três, eu, você e você, estivemos amarrados juntos, e cada um puxava em uma direção diferente. Não sai do lugar.”

Douglas empreendedor e o drone da discórdia

Douglas Mateus Pereira, do @drone_083, estava filmando na praia em frente da icônica Pedra do Coqueiro. Estava ocupado com clientes na ida, seu drone voando acima do seu ombro como um encosto diabólico. Terminando com um outro grupo na saída, encontrou um momento para falar sobre a cobertura do Torneio de Surf Naturista: “Ano passado eu teria feito o trabalho de graça, e foi rejeitado. Este ano só se for contratado.” Ele tem postado vídeos elegantes do surf na praia vizinha de Arapuca.

Douglas está ganhando a vida com a “divulgação da praia pelos meus vídeos, mundo afora, aumentando o turismo.” Ele trabalha nesse ramo faz dois anos. Durante o Tambaba Open do ano passado, ele estava baseado nas falésias acima da entrada da praia, mas este ano conquistou um espaço permanente na areia em frente à icônica Pedra do Coqueiro.

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Ele produz vídeos para turistas, que tipicamente começam com um close do cliente, depois uma tomada panorâmica da praia,

Douglas Andrade falou sobre "problemas" da divulgação do evento deste ano (Img.: Richard Pedicini)

finalmente voltando para o cliente. O preço base é atualmente R$ 50. Ele está sempre atualizando sua tecnologia, e seu instrumento de trabalho atual é o Mini 3 Pro, que filma em 4K 60FPS. Ele disse ainda que “Já estou entregando em formato Instagram, com imagem vertical”.

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Douglas Pereira não compete mais por causa do trabalho turístico que desenvolve na região. (Img. Richard Pedicini)

O trabalho não é sem riscos, Douglas explica, “Uma gota d’água já pode derrubar o drone. Estamos agora entrando em Setembro, e já perdi cinco drones este ano.” Ainda que perca um drone, garante que, “O cliente sempre sai satisfeito.”

Douglas é nativo de Jacumã e faz o percurso entre sua casa em Coqueirinho e Tambaba de bicicleta ou a pé, explicando que “é preciso manter a forma.” O aumento de turismo beneficia todos ao seu ver, mas “Quem nasceu na terra merece oportunidade.”

Referente à parte naturista de Tambaba, ele não somente não entra, mas mantém outros pilotos de drone fora da área, avisando que a filmagem não é permitida. Não são todos que ouvem, “ontem mesmo um perdeu o drone lá.”

Antes de se mudar para a areia, Douglas tinha feito várias melhorias no ponto da falésia, inclusive construindo cenários para selfie. Ele não abriu mão da área. Perguntado se pretendia colocar um funcionário lá, ele sorriu e disse, “Talvez um dia.”

(enviado em 10/09/25 por Richard Pedicini)

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